UMA ESPIRAL - do ínfimo ao supremo

Sem dedicatória, por que a amiga para quem escrevi vai receber o texto manuscrito.

Espero que ela entenda tudo isso, ao menos um dia. Desde nosso primeiro encontro, das coisas triviais, até onde a vida deixar. Pois nunca estaremos sozinhas.

Uma das representações do infinito. Muito presente na natureza, nas frágeis cascas dos caracóis, nos movimentos dos poderosos furacões e no alto da cabeça das crianças.

Girando, girando, crescendo em torno de si mesmo ou aprofundando-se. Um desenho que ode ficar infinitamente pequeno ou infinitamente grande. Se seguir ara fora, aumentará sem limite, se for para dentro, emergirá em si mesmo sem fim.

Das coisas pequenas e grandes, que pode alcançar por mais longe que esteja e não se sente invadido por estar bem perto.

Assim eu sinto sua amizade, que sempre esteve comigo e nunca me deixará; que quanto mais caminha, fica maior e mais forte; quanto mais se observa, fica mais interessante, sensível e inteligente. Sempre renascendo sem precisas morrer, passando por muito tempo e muitas fases.

Juntando em tantas voltas a doçura da infância, a liberdade do convívio e o amadurecimento da vivência e do tempo.